terça-feira, novembro 01, 2005

A-ha no Rock in Rio II (1991)


Magne, Morten e Paul

Nesse fim de semana encontrei no orkut uma comunidade de fãs do A-ha. Pra quem curte o som do trio norueguês, composto pelo líder e vocalista Morten Harket, o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy e o tecladista Magne Furuholmen, há no fórum da comunidade um tópico que traz links para download da apresentação do grupo no Rock in Rio II, em 1991.

Já baixei alguns arquivos (extensão .DAT) e recomendo pra quem tem banda larga (tem arquivo com mais de 70 Mb). A leitura no PC pode ser feita com o Media Player e é possível vê-los no DVD Player, se gravados em formato VCD.

O show é uma viagem e nele há hits como Crying In The Rain, Hunting High And Low (um dos momentos mais marcantes), Take On Me e seu grande sucesso Stay On These Roads.

Até concordo que as roupas dos carinhas eram, como posso dizer, espalhafatosas, mas esse era o espírito dos anos 80, assim como as músicas tinham algo mágico. Na verdade ainda têm. Quando bate uma tristeza, acabo ouvindo U2, Tears For Fears, Duran Duran etc (e também ouço Coldplay, que tem influência do A-ha).

Em 1991 houve uma apresentação do grupo norueguês aqui em Fortaleza, no Ginásio Paulo Sarasate. Toda vez que passo por ali, fico imaginando como deve ter sido aquele dia, o clima do lugar, as pessoas na entrada do ginásio, outra juventude (saudade do que não vivi), nada de internet, mp3, essas coisas que tornam nossa vida mais prática, mas tiram um pouco do gosto das descobertas, mesmo admitindo que não dá mais pra viver sem esses avanços (sem internet não haveria blogs, por exemplo).

Depois do Google ainda há mistérios? Certamente. Só que agora tem de se fazer força pra encontrá-los. Os mistérios não se revelam mais, têm de ser buscados, caçados, é o vazio destes dias com pouco sentido.

Em 1991 eu ainda estava no interior. Tinha 11 anos. E o que guardo daquele tempo é a lembrança de que não sabia o que havia depois do horizonte. Esse era o grande mistério. Então, hoje vivo a esperança de poder encontrar outros horizontes desconhecidos, algo que me desperte do estado de torpor ao qual me submeto pra sofrer menos com algumas coisas.

No entanto, o ponto fraco de um espírito com alguma imaginação é confundir ilusão com esperança. A linha que separa as duas é tênue... muito tênue...

Todo cuidado é pouco...

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