sábado, outubro 29, 2005

Moonlight - 1874


Winslow Homer - Moonlight (1874)

A gravura acima foi pintada pelo americano Winslow Homer (1836-1910). Há um post sobre ele no blog de Jorge Pontual e um site com 460 trabalhos seus. Vale a pena conferir.

quinta-feira, outubro 27, 2005

O Vermelho e o Negro

Meus pensamentos perseguem o que mais importa, algo terrível para uma mente que se quer sempre longe.

O que importa tanto?

As pessoas... sempre as pessoas...

É preciso ler...

Quanta dor pode ser mitigada com um romance do século XIX? As páginas de Stendhal me desviam um pouco: qual o preço do poder? Quanto se tem de morrer para consegui-lo? Vale a pena? Estranho. Sinto um certo conforto quando penso nisso. Acho que satisfaz minha necessidade de fingir pra mim mesmo que as pessoas... sempre as pessoas... não importam (não que essa seja exatamente a situação de Julien Sorel, o "herói" de O Vermelho e o Negro). Substituo um valor por uma mentira: o domínio me seduz. Sou um mentiroso... mas minto porque preciso...

Boa desculpa.

terça-feira, outubro 25, 2005

Outros caminhos


Pieter de Hooch, Courtyard of a Dutch House, 1658

Minhas melhores noites têm sido aquelas em que sonho com pessoas estranhas...

segunda-feira, outubro 24, 2005

A arte e o desejo


Salvador Dalí - Muchacha en la ventana (1925)

O desenho, a pintura, a escultura, a música, a escrita...

...mesmo quando não entendemos exatamente o que significam podem evocar (explicitamente ou não) mundos paralelos, épocas deslocadas do tempo, pessoas que nunca conhecemos... realidades não vividas... desejo...

E o desejo só encanta enquanto permanece desejo...

sábado, outubro 22, 2005

O referendo em três pontos

Fuzilamento em Madrid
Goya - Fuzilamento em Madrid, 1814

1 - Não, este referendo não foi pensado para desviar a atenção. O seu uso já estava previsto no próprio Estatuto do Desarmamento (lei 10.826/03), aprovado em 2003:

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.

§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.


2 - Voto 3! Vou anular meu voto... considero essa questão secundária para resolver (ou diminuir) o problema da violência. O buraco é mais embaixo...

3 - Apesar da
lei 9.504/97 estabelecer que votos brancos e nulos não são votos válidos, o segundo tipo, conforme o Código Eleitoral (lei 4.737/65), terá efeito jurídico se sua quantidade for maior que a metade do total de votos:

CAPÍTULO VI

DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO


(...)


Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

O que não sei é se o artigo pode ser aplicado ao referendo, que não é eleição (convencional), mas consulta popular.

Bom fim de semana...

sexta-feira, outubro 21, 2005

Ponte das lembranças...


Nesta semana dei uma passada rápida, à noite, na Ponte Metálica (ou Ponte dos Ingleses), que fica na PI (Praia de Iracema), aqui em Fortaleza.

Ponte interditada - ressaca brava do mar e atípica nesta época do ano.

Preferi colocar uma
imagem do pôr do sol. Apesar do belo espetáculo das ondas revoltas, não gostei de ver o lugar vazio, escuro, sem vida. Em terra firme, apenas alguns espectadores...

Lembranças... lembranças muitas... boas lembranças... de um tempo que não volta... agora é 2005... não tenho mais ilusões (que eu possa perceber)... e continuar sem tê-las é uma luta que pretendo travar até quando for possível...

...espero que sempre.

Ilusão?

segunda-feira, outubro 17, 2005

Grito para ser ouvido!


Edward Munch - O Grito (1893)

Relutei bastante antes de decidir tentar novamente escrever num blog pessoal. Sei quanta dificuldade custa manter a regularidade. Esta é mais uma tentativa (houve duas anteriores). Trata-se de tentar botar os pensamentos pra fora, exteriorizá-los, vomitar mesmo. Pelo menos parte deles, claro.

O nome Urbi et Orbi é uma referência à grande rede, a toda essa integração, tudo em toda parte, nada em canto nenhum (virtualmente, se é que me faço entender), esse é o espírito (mundano). Quanto ao domínio religioso, deixo-o para o Papa - ou para quem mais se habilitar, sei lá -, o que não vai me impedir de escrever vez ou outra alguma asneira sobre isso que definitivamente não domino! Mas quem domina, né? O que importa mesmo é o que se pensa a respeito. Afinal de contas, todo pobre mortal tem o direito de pensar a respeito!

A escolha da imagem que ilustra este post (O Grito, do norueguês Edward Munch, quadro pintado em 1893) obedeceu a um critério puramente subjetivo... digo, puramente pessoal: é a minha vontade de gritar, gritar para o mundo. Ah, qual é? Num tem graça gritar pra ninguém ouvir... pra mim, não... e Munch, acredito, deve ter pensado o mesmo. Basta observar o canto superior esquerdo da obra: há duas pessoas ali. Li recentemente outra interpretação, na qual quem grita é a realidade à volta dos personagens. É do Reinaldo Azevedo, diretor de redação da revista Primeira Leitura (Urbi et Orbi é também o nome de uma subseção da revista) - a imagem foi capa da edição do mês de setembro passado. Faz sentido.

No mais, vou indo. Aos poucos vou me deixar conhecer melhor. Muita paz e até a próxima!

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